10.1.08

100 anos atrás




Lá no início do século XX, quando o Japão deixou de ser feudal e passou a mecanizar suas lavouras, milhões de trabalhadores perderam seus empregos e a miséria se alastrou pelas cidades. O que fazer com tanta gente? Mandar pra fora, ora. Na mesma época, o governo italiano havia proibido a imigração de seus filhos para o Brasil, logo, a terra prometida estava carente de trabalhadores nas lavouras de café. E foi assim que, em junho de 1908, 165 famílias desembarcaram no Porto de Santos.

Kasato Maru, o navio que trouxe as primeiras 165 famílias / Imigrantes indo para o interior.

Com o fim da Primeira Guerra, o número de imigrantes deu um grande salto. Além de resolver o problema demográfico nas cidades rurais, o governo japonês queria expandir a etnia e a cultura nipônica pelo mundo. A maioria deles permaneceu no campo, desenvolvendo o cultivo de arroz, morango, chá e pimenta-do-reino. Bom, se temos verduras, legumes e frutas de alta qualidade hoje, devemos aos agricultores japoneses que aperfeiçoaram as plantações com irrigações, estufas e enxertos.

Estima-se que há 1,5 milhão de nipo-brasileiros hoje, a maior colônia japonesa fora do Japão. Se lá no início do século passado, o governo japonês queria disseminar a cultura e a etnia de seu país, acho que conseguiu. Ou foi o contrário? Não importa. Em comemoração ao centenário da imigração japonesa, abro este modesto blog para esmiuçar o cotidiano de uma família japonesa há quase 50 anos nesta terra. Não, não, não sabemos sambar, mas adoramos uma moqueca e falamos “paralelepípedo” sem embolar a língua. Falamos e damos aula de japoguês.



2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Massato, gostei!Muito interessante!!!
Ganbatte né!!
Bjs

Monica Regina P. de Farias disse...

Olá Alexandre.
Sou professora e teremos em meu colégio a semana cultural. Eu e minha turma precisamos de material sobre a vinda dos japoneses pra o Brasil. Você pode me ajudar?

monicavictoria2@ig.com.br
Obrigada