28.6.08

I could dance all night

Confesso que fui ao concerto ao Municipal só para ver o príncipe. Quando confirmei minha presença, não sabia qual seria o programa. Para minha alegria, a Orquestra Sinfônica da Petrobras fez bonito executando composições de Villa-Lobos e Guerra Peixe, além das participações especiais. Mas e o príncipe? Bom, o príncipe sorria o tempo todo ao lado do governador Trakinas. Totalmente alheio aos constantes comentários que recebia ao pé do ouvido. Ao fim de cada música, batia palmas com as mãos bem abertas, como uma criança. Achei tão engraçado que virei fã. Depois de matar minha curiosidade em ver um membro da realeza, sentei como gente normal e aproveitei a noite. Apesar de os jornais terem escrito que a Joyce emocionou a platéia, eu achei que ela estragou a noite. A cobertura do concerto você lê aqui.

21.6.08

Sob o sol dos trópicos, um homem veio em seu cavalo branco. Seus cabelos balançavam e sua postura ereta mostrava que era um príncipe de verdade. Apesar do calor, nenhuma gota de suor. Tudo bem, não foi bem assim, mas o príncipe é de verdade. Em solo brasileiro desde a última terça-feira, o príncipe herdeiro do trono japonês, Naruhito, tem esbanjado simpatia e quebrado o sisudo protocolo japonês. Até um agradecimento em português ele já fez! Ontem, no concerto da OSESP na Sala São Paulo, aplaudiu de pé por quase três minutos. Na próxima segunda-feira vou conferir se esse príncipe é realmente encantado/encantador. Depois passo aqui para contar tudo.

8.6.08

origami


Na temporada primavera-verão de 2004 da São Paulo Fashion Week, Jum Nakao encantou a platéia com seu desfile. Não sei quais adjetivos poderia usar, mas foi a primeira vez que me emocionei vendo um desfile. A delicadeza das roupas de papel, minuciosamente cortadas, dobradas e talhadas com estilete era impressionante. Para surpresa de todos, ao final do desfile, as modelos rasgaram seus vestidos, arrancando lágrimas de uma platéia acostumada ao blasé.

Hoje, na exposição Nippon, em cartaz até 13 de julho no CCBB, vi dois vestidos do projeto Costura do Invisível. Meninos e meninas, é realmente impressionante. Imaginei os manequins ganhando vida e destruindo aquelas obras, quase chorei. A Costura do Invisível é mais que um desfile memorável, sua concepção está registrada num livro/dvd editado pela Senac. Os bastidores do desfile você confere aqui.

Ah, sim, a exposição. Minha peregrinação começou com um desorganizado e decepcionante desfile de kimonos – eu sei que tentaram fazer o melhor, mas foi tudo muito amador. Som ruim, penteados desleixados, kimonos amassados, modelos nem um pouco modelos e atraso. – Já a exposição valeu a pena, dois andares mostrando um Japão de tradições e moderno. Além da influência da imigração por aqui. A parte do cosplay eu passei rapidinho porque me dá certa vergonha alheia, mas deu vontade de arrancar os pôsteres emoldurados de alguns animes e sair correndo. Se você puder ir, vá. E é gratuito. Tendo um tempinho, passe também na Casa França-Brasil. A exposição "Mulheres Reais - Modos e Modas no Rio de D. João VI" é um luxo. A maioria das peças é reprodução, mas algumas são autênticas. A entrada também é gratuita.

1.6.08

tv

Aproveitando o mês em que se comemora o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, o Discovery Atlas exibe o especial Japão. Para mostrar que o Japão é o país da modernidade e guardião de suas tradições, o especial usa o olhar de um pescador de atum, um tatuador, uma família designer de robôs, duas colegiais de Tókio e uma aprendiz de gueixa. Maiko é aprendiz na casa Ichimame, e ficou conhecida por expor a vida dentro de uma casa de gueixas através de seu blog. O Discovery Atlas Japão vai ao ar no dia 15 de junho, domingo, às 21:00 – horário de Brasília.

Na National Geographic de junho, há uma rápida reportagem sobre o bairro da Liberdade. Dá para ler aqui.