7.12.08

picada

Este blog ficou parado por muito tempo, mesmo assim recebi comentários de posts do tempo de Matusalém. O título era Seirogan - a trompeta intestinal, o santo remédio que cura qualquer revolução intestinal. Pensando nele, lembrei de outro santo remédio: o alívio para as picadas de pernilongos. Muhi. O que seria do meu verão sem ele? Meu sangue deve ser o Verve Clicquot dos sangues, porque os danados gostam do que bebem. Muhi salva qualquer coceira, tem cheiro de salompas (nem todo mundo gosta), mas tem que ser na forma líquida, o creme não funciona bem!

salariman


Dias desses meus pais estavam comparando Shall We Dansu com seu remake hollywoodiano. “Eles fizeram tudo igualzinho, mas Richard Gere não tem cara de sarariman”.

“Salariman”. Há milênios não ouço essa palavra, que vem, japoneticamente falando, do inglês salaryman. São pobres assalariados que realizam trabalhos burocráticos dentro de grandes corporações. A imagem de sujeitos desanimados e pouco originais é sempre usada em filmes e mangas. Fora da ficção, são facilmente identificáveis, pois são tão caricaturais quanto.

Como reconhecer um sarariman:

- É mais que evidente que sua vida gira ao redor do seu cubículo no escritório

- Estão sempre fazendo hora-extra

- São pouco originais – em todos os sentidos

- Pouco competitivos

- Obedientes dentro da empresa

- Adoram um karaokê e fumam loucamente

- Estão sempre de camisa branca, terno e gravata.

Os mais radicais são chamados de kaisha no inu (cachorro da empresa, numa tradução mais livre). Os que se rebelam e querem sair dessa vida, cometem o datsusara, que significa sair do emprego e arranjar outro trabalho. A nova ocupação é ser dono do próprio nariz, ser o próprio patrão. Opção difícil, pois não há garantia de sucesso e é preciso uma boa quantia de dinheiro para poder recomeçar.

Então, caro leitor, quando vir um sujeito parecido com a descrição acima, dê um sorriso e mostre que há vida inteligente fora do escritório!

Salaryman 6. Dir. Jake Knight