18.5.08

sorriso colgate









Durante minha infância e “adolescência”, concursos de miss estavam fora de moda, mas segundo quem viveu os áureos tempos de Martha Rocha, concurso de miss era um evento: “Olha a Miss Rio Grande do Sul, que linda”, “Ah, eu prefiro a Miss Goiás”, “Mas a Minas Gerais é tão simpática”. Hoje, a única forma de distinguir quem é a representante de cada estado é pela faixa, porque a fórmula estica-e-puxa + silicone = 27 irmãs gêmeas.

Na noite do último sábado, a bancária Karina Eiko Nakahara, de 26 anos, foi eleita a Miss Centenário Brasil-Japão. Karina é neta de japoneses, natural de Mogi das Cruzes (SP), tem 1,76m, pesa 56 kg e é recém-formada em odontologia. Por mais incrível que pareça, as misses descendentes de japoneses não têm a mesma cara. Sem querer ser maldoso, mas já sendo, algumas estão ali por W.O.

Karina Eiko Nakahara ganhou um carro zero e uma viagem a Punta del Este, além de ser coroada pela Miss Brasil (e vice Miss Universo, e atual Mulher-Aranha) Natália Guimarães, que não guardou mágoa de ter perdido a coroa de mais bonita do mundo para uma japonesa bem mais ou menos.

O evento no estádio do Ibirapuera foi apresentado por Sabrina Sato e Kendi (?), além da presença da primeira-dama do Estado, Mônica Serra e do desenhista Maurício de Souza. A festa foi encerrada com o show do KLB. Dizem que o L está bem íntimo da Natália Guimarães. Se a apresentação deles teve influência da Mulher-Aranha, definitivamente ela ainda guarda mágoa de ter perdido para uma japonesa com cara de esquilo.

10.5.08

ink


Estava numa livraria quando vi um livro-catálogo de tatuagens, olhei para o lado e vi um garoto com seu nome tatuado em japonês, “Buruno”. Acho essas coisas engraçadas, mas para um japonês conservador, é um atestado de burrice. De fato, a tatuagem no Japão ainda é associada à criminalidade. Em muitos lugares, como saunas, piscinas, academias e casas de banho, a entrada de tatuados é proibida.

Durante o período Yayoi (300 AC – 300), a tatuagem tinha conotação espiritual e era símbolo de status. Na era seguinte, a Kofun (300AD – 600), a tatuagem passou a ser sinônimo de punição, assim como nos escravos romanos. Só na era Edo (1600 – 1860) que a tatuagem japonesa passou a se desenvolver como a conhecemos hoje, principalmente pela influência do romance chinês Suikoden – épico de grande sucesso que conta a história de 108 bravos guerreiros a lá Robin Hood que tinham seus corpos tatuados com figuras de dragões, demônios, flores e tigres.



A tatuagem japonesa diferencia-se por não usar agulhas, mas uma talhadeira e, claro, a famosa tinta Nara, que fica numa tonalidade azul-esverdeada sob a pele. Durante a era Meiji, meados do século IXX, a tatuagem foi proibida no Japão, voltando a ser permitida só em 1945. Durante esse período, a conotação underground só fez aumentar a procura por tatuadores clandestinos, muitos dos interessados eram marinheiros estrangeiros.



Como disse no início deste post, a tatuagem no Japão ainda é associada à criminalidade, principalmente a Yakuza. Assim como toda boa máfia, os grupos fazem das tatuagens uma prova de lealdade e poder. É quase um clichê em filme quando um homem tatuado entra numa casa de banho e os outros clientes fogem correndo.




Mas claro que pelas bandas de lá, as tatoos também estão na moda. Enquanto por aqui as mais pedidas são ideogramas japoneses, por lá são palavras em sânscrito.

faxina!

Tirando a poeira e as teias de aranha deste blog. Peço desculpas a quem veio aqui e não viu atualizações, pois ando bem ocupado e o Fugiro ficou meio esquecido. Só falta passar um paninho úmido para as coisas voltarem aos eixos.

PS: João Carlos, deixe um comentário ou seu e-mail, por favor!
PS2: Dei um pulo em São Paulo no feriadão e tomei um Ramune!